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sábado, 30 de janeiro de 2021

O tempo e o vento

                   Foto: Ana Maria Ferrari



 Por Adriana Teixeira Simoni


Cheguei tarde não deu tempo

Essa vida traz e tira o tempo 

Poda  aquela fase das paixões 

Que ao tocar o ponto "G" do desejo  

Faz dos segundos a fuga do tempo

Que, revira o olhos e faz voltar ilusões 


Quero me soltar no vento 

Esse sim me traz alento

Toda vez que me levanto 

Cresço e subo ali no alto ...no meu ponto 

Então assim, me vejo  e aceito 

Que o tempo passa , porém eu,  me encanto


Vento sopra, empurra , levanta 

Tempo escorre, gasta, passa 

Quero tempo pra vida atoa 

Pra nesse tempo que o pensamento "avoa"

Chegar nas coisas que o tempo não perdoa 

Mas,  com  o vento deixo tocar minha  canoa.


















terça-feira, 26 de janeiro de 2021

COMO SER INDELICADO

 

                                          Foto: Ana Maria Ferrari

Por Adriana Teixeira Simoni

Sabe quando a pessoa caminha pela rua e ao cruzar com outra pessoa trata de falar ao celular em voz alta como microfone ou de falar sozinha mesmo, pois usa fones ligados ao celular, para não cumprimentar e nem olhar? Aliás uma indelicadeza com a própria saúde é fazer caminhadas a título de atividade física grudada num aparelho celular.

As indelicadezas desfilam como prateleiras de uma loja. Algumas se encontram bem altas, assim como as indelicadezas que beiram as grosserias; as medianas que ocorrem, mas com uma desculpa plausível, que vem da antipatia antiga, naquilo que tudo vira indelicadeza, o melhor nesse caso é mesmo ignorar, atravessar a rua, deixar de seguir nas redes sociais e, quem sabe bloquear. É aquela coisa do “santo que não bate” entre as duas pessoas.  Tem aquelas prateleiras que ficam ali embaixo, a gente precisa se abaixar para cometê-las, são aquelas que as redes sociais propiciam bastante. Você conhece a opinião da pessoa, mas mesmo assim você vai na postagem dela e comenta contrariamente ao tema, que geralmente é dualidade política e você a todo pano quer mudar a opinião da pessoa no perfil dela, onde ela posta o que ela decide postar, chegando até as ofensas....

Tem outras indelicadezas, aquelas que a pessoa é tão arrogante, se acha a rainha da cocada e que apenas ela é a melhor entre todos outros e então, solta aquela pérola, para alguém que foi convidado a fazer algo que ela faz em outra empresa, “- Aaah, mas eu tenho doutorado em A , B, e C . Fiz e defendi teorias da gostosura etc...” Sabe porque a pessoa comete essa indelicadeza? Apenas por fraqueza e falta de segurança nos doutorados dela... Só pode ser isso. Caso contrário não se abalaria ser indelicado a esse ponto.

Existe aquelas indelicadezas propositais, principalmente em grupo de temas específicos, que são fertilizantes de egos. Essas indelicadezas são muito perigosas. Muitas vezes elas não atingem o alvo que queriam propriamente, mas acabam ferindo quem nem abre a boca, pois já possui uma característica de ouvinte ou é mais tímido ou já foi crucificado por críticas de gente mal amada e morre de medo de novamente acontecer. Atinge esses coitados.

Mas, a indelicadeza maior é num jardim repleto de flores, de todos os tipos e qualidades e a pessoa indelicadamente se manifesta tecendo somente a uma das flores todos os louros do arranjo floral que acabara de formar em sua mão. Aquela flor única que ela elogia tem lá sua beleza, mas as outras tem as suas, e todas juntas formaram aquele ramalhete. Isso não é legal, fere os sentimentos das demais flores daquele ramalhete, da colheita daquele dia.

Por tanto, cuide para que suas indelicadezas não perfumem mal os ambientes que circula. Nariz pra cima não protege. Colher todos os lírios pra si você acaba parecendo a mais perfumada, porém você perde a referência das outras fragrâncias. O que a torna infinitamente menos interessante que os demais, que tem melhor   capacidade de interpretar os vários aromas ao mesmo tempo   que compartilha e agrega maior valor ao todo. Isso tudo independente da formação do arranjo.  A flor que sempre é mais lembrada é a que enfeita em qualquer situação sem querer aparecer sozinha.  

sábado, 23 de janeiro de 2021

Conversando sobre ilustrações

 


Quando a escritora Adriana  e Ilustradora  Cristiane conversam sobre a personagem da história...

É muito maravilhoso fazer essa parceria.  Contar com  uma profissional criando a partir da minha criação mental os personagens da minha  história dando a eles corpo e emoções através de  desenhos.
Show .
Amando essa nova aventura literária 😍♥️♥️♥️♥️

Obrigada     Cristiane Aquino Oliveira   pela parceria!!

Coletânea Enluaradas - Se Essa Lua Fosse Nossa



Primeira entrevista com as Poetas e as Enluaradas administradoras.

Aqui o Link


Poemas Participantes:

O MEU ENTUSIASMO


Por Adriana Teixeira Simoni

Sempre me vinha com louvor
Lindo e muito tentador
Me invadia sem licença
Impondo cor na sua presença.

Esse ardor de tua chegada
Aos demais era compartilhada
Pois, alegria jamais é guardada
Ao se espalhar é sempre duplicada.

Se isso tem algum nome já não sei
Nunca chamei, sempre me apossei
Deixo-me possuir e até já abusei
Desse entusiasmo que ora te causei .

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Um ser, mulher

 

 
Por Adriana Teixeira Simoni

Ser mulher
Pode lembrar vaidade
Se for rimar de verdade
Aponte  pra Solidariedade
Ela lembra  amorosidade.


Mulher pode engravidar
A um filho se dedicar
Não ser mãe e optar 
Por uma carreira focar
E profissional se tornar.


Mulher frágil se parece
Mas , muito padece
Na sociedade que carece 
Entender que ela enobrece 
E deve ganhar o quê merece.


Mulher feminina ou não
Unhas longas ou não
Cabelos curtos ou não
Sendo ou não mulherão
Ser mulher não é mole  não.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Não se canse

Por Adriana Teixeira Simoni

Nada cansa na vida
Só a tarefa sem amor
O olhar sem carinho
A Frieza nas palavras
E o tanto faz no convívio

O que cansa na vida
É viver sem objetivo
Levantar sem acordar
Valorizar o ódio
E oprimir sentimento

Cansa, mas garante vida
Ir além do que sabia
Aceitar os desafios
Abraçar com afeto
E compartilhar paixão.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

SONETO de CARNAVAL

                                     foto uol

 Por Adriana Teixeira Simoni

Era carnaval fantasia samba e calor

Tinha paetê pra o brilho e penas de valor 

Cocares , índios, penas e alguma flor 

Baianas a rodar sua saia a todo vapor 


Arlequim saltitante rodava o salão

Tão feliz quanto pierrô apaixonado 

Colombina fitava um e outro em vão

Pois divertido eram os dois, ao seu lado 


A moça linda nem precisava de  fantasia 

Samba no pé  e o corpo todo se balança

Excitava  olhares ao mostrar em demasia 

O que Deus lhe dera sem muita temperança


Carnaval cheio do brilho como bonança

E Prazeres carnais antes do jejum chegar 

A santa quarentena,pra dos pecados lembrar

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ruídos da morte



O silêncio tem lá seu prazer
Quando...
Rompido pela água em movimento
Ou estalar de um beijo a distância
E no pisar uma folha seca no chão.

O ódio se desperta no silêncio
Quando
Zuni uma motocicleta a distância
Que de tão ruidosa parece na sala
Atordoa a paz sem mudar destinos.

Nem de quem consciente perturba
Tão pouco de quem no ódio se importa
Mas, apaga o silêncio gostoso
E acorda o ódio infame.

Mais certo do que a morte é silêncio
A irreverência ruidosa é carência
De chamar atenção no ódio alheio
Roubando a paz sem encontrar a sua.

domingo, 17 de janeiro de 2021

A Rola canta

                      Foto Ana María Ferreira

O cantar triste da Rola
Aperta o peito silencioso
Que carrega a tristeza
Num apelo por ser ouvida.

Seu arrulhar insistente
Clama por ser sentido
Na melodia do seu apuro
Buscando colo ou afago.

A Rola persiste sem tempo
Nada responde, mas ecoa
Mesmo distante , ressoa
E alívio vem mesmo atoa.

No  silêncio  que cabe
Seu cantar plangente
Não ouve resposta mas, sabe
Que seu cantar é contagiante.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O Tempo no tempo da Alma

Foto: Ana Maria Ferrari

Adriana Teixeira Simoni

O desejo é o mesmo
Que cresça o tempo
Na mensagem que a vida
Envia na hora que a alma
Aperta o tempo ansiosa
Por mais tempo com ela.

Pela busca tranquila
Mas, ávida de novos tempos
De todas as frases contidas
Nessas luas de encantos
Daquelas melodias vibratórias
Que o tempo ora pede, ora canta.

O Tempo ...
Acreditando não ter mais dele
Pra então suprir a alma
Grita para ela já cansado
Calma, tu és a minha alma
Sem ti o tempo nem tem porquê.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

É , tudo passa mesmo

Foto: Ana Maria Ferrari

Por Adriana Teixeira Simoni

Até briga tem pela passa
Uns amam outros odeiam
Há quem mistura com salgado
E quem nem com doce gosta

O certo é que tudo passa
Passa gente na frente
E também pra traz da gente
Tudo corre, acontece e passa

Tudo é tão incerto
Tem fato que fica
Mas, nunca igual pra sempre
Porém só amizade é sagrada

Estranho o sentimento que passa
As vezes passa lindamente
Outras na emoção se resseca
Mesmo dor, um dia também passa.

EU MORRI E VIVI

                      Foto: Ana Maria Ferrari


Por Adriana Teixeira Simoni

Eu morri de pena
Morri de dó
Morri sofrendo
Morri do infame ódio.

Eu morri pensando
Morri de dor
Morri de tristeza
Morri da expectativa.

Eu morri pra todos
Morri desesperada
Morri empenhada
Morri sem ser notada.

Eu morri pra viver
Morri ao nascer
Morri ao entender
Que morrer as vezes é viver.

Revista The Bard

 Revista






Poema publicado:

Soneto para a Vida

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O tempo não tem tempo...

Foto: Ana Maria Ferrari
 


CRÔNICA: O tempo não tem tempo...


Por Adriana Teixeira Simoni

E o vento dissipou nuvens de dúvidas para aflorar o sol intrépido de ardentes aspirações. Nem as dúvidas se calaram, nem o sol aqueceu o caminho das minhas decisões. Cada qual, firme se prende na haste da minha honesta conduta. E, assim tremulam esvoaçantes, porém não permitem se avistar qual se desprenderá para acalmar a tempestade, que ora se desenha ruidosa ora sorridente a convite de novas explorações virtuosas. Que podem ser vitoriosas ao apelo das ânsias internas, assim como, vencidas pela insistente vontade de manter-se no suspense. Essa liberdade de manter a privacidade livre dos seres procrastinadores em deteriorar qualquer laivo de poder amável e competente, governa os sentidos na ventania insistente que domina o descoordenado desfraldar de decisões. Por um fio apenas, segue presa a vontade, pois trabalhar ao bem comum se encorpa nos desafios da inquietude de ajudar. Não sei se chove, ou se manterá nublado, nem se será rápido ou demorado. Só sei que ando cansada da instabilidade com que o povo vive a lamuriar. O tempo é assim mesmo... Um dia sol, outro chuva. Se nubla, logo chove ou abre sol.

Adriana Teixeira Simoni 10/01/2016

Gentileza



Por Adriana Teixeira Simoni
Lá no alto está 
Mas, nem parece
É super importante
Não mais que a sutil delicadeza
De praticar a sensível gentileza. 

Se achando o máximo
Não impede o mínimo
A simplicidade revela o reinado
Pois, o coração fica na torre
Que aprisiona tudo com amor.

É na reciprocidade viva
Que se desmonta o ego
No palácio da soberba infame.
Ao apreciar o que não possui
Tem garantido o afeto real.

domingo, 10 de janeiro de 2021

O NOCAUTE


por Adriana Teixeira Simoni

Era uma tarde sem novidade
A rotina seguia com suavidade
Até que algo acende o celular
E rápido põe o coração a pulsar.

Logo pensa naquela notícia esperada
Já no cabeçalho se coloca desesperada
Percebe bem curta a mensagem
E vem com escura abordagem.


Do início ao fim, muita dor
Um fator transformador
Que uma nota pode operar
E uma relação dilacerar.


Um ringue na vida sem precedente
O acontecimento logo vira incidente
A situação pede que se levante e lute
Mas, mesmo entendendo, vai a nocaute.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Na correnteza da vida

                             Por Adriana Teixeira Simoni


Como um seixo rolando  rio abaixo

Segue impetuosa vontade oculta

De algum lugar chegar sem definir

Nem onde nem porque apenas chegar.


Cada curva, cada enrosco uma novidade

Que assusta e ao mesmo tempo cresce

Na curiosidade de saber onde vai dar

Esse caminho que corre sem objetivo.


Estranho não se declara decidido

Mas, parece rolar em desatino

Pra algum lugar bem sabido

Porém, onde só a leveza sabe .


Se distrai brincando na correnteza

Ora rápido onde tudo acontece 

Ora só a  espera aborrece 

Mas, no fundo guarda a certeza.


Vida boa e oportuna é assim

Rola rio abaixo sem  destino

Porém, no caminho se descobre

Ao reconhecer seu, aquele caminho.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A VIDA DE PASSAGEM


Por Adriana Teixeira Simoni


Incrível são as passagens

Nos levam onde queremos

Seja na vida ou num trem

Nas duas janelas tudo passa.


Vidas passam em nossa janela

Algumas prendem os olhos

Outras o coração

E algumas nos levam a reflexão.


Pessoas que inspiram 

São as que jamais passam

Estão sempre presentes

Nas  palavras ou gestos.


Pessoas ensinam a passar

Ou a ficar mais tempo

Aprendendo com a vida

Na passagem que ela mostrou.


Quero uma passagem 

Que me leve lá longe

Junto da grande janela

Na vida que se abriu pra mim

VIDA SEM CANTOS


Virei a página. 

Dei  um ponto final 

Nessas coisas  e tal

Que me fizeram ou ainda

Me fazem tão  mal

Se a vida é um círculo  

E não um quadrado

Tenho pressa de ser feliz

Pois,   eu nem sei  

Quanto tempo ainda resta

Já que não tenho cantos

Quero viver no centro

Onde encontro  meu sorriso

Onde vive a colorida  alegria 

Que as pessoas resolvidas tem.


Adriana Teixeira Simoni 08/01/2016

Solidão nem bem nem mal


Logo a solidão se instala
Logo sozinha ela se rebela
Para alguns é privilégio
Para outros desespero

Que estranha pode ser a solidão
Para alguns acalma toda aflição
Que o incômodo traz com a presença
Para outros alivia o peso quando ausente.

Quem pode entender
Que um mal faz a uma pessoa
A outra pode um bem satisfazer
Nem tudo é bom nem tudo é mal.

Adriana Teixeira Simoni

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

A viagem das letras



Por Adriana Teixeira Simoni

Elas surgem em vários vocábulos

Ou palavras reunidas em punhados

Em ordem alfabética para facilitar

Para num belo dicionário foliar.

 

Eis que unidas essas palavras

Criam as linhas compostas

Por verbo, artigo e pronome

Harmonizando tudo em frases.

 

Estas frases se agregam a outras

Unindo linhas de expressivas falas

Que ordenadas assim se transformam

Em prosa, verso, texto ou crônica.

 

Ainda em sua linda expressão

Podem, todavia, virar melodia

Basta uma bela inspiração

E ondas harmônicas as dividir.

 

Nessa união de opções, nasce

Um livro, virtual ou físico

Eterniza-se uma porção de ideias

Que transportam mentes diversas.

 

Quando este livro tem capa, enfeita

As prateleiras o ganham e o exibem

Até que outra alma se sinta atraída

Deixando sua  emoção trocar.


Um livro de importante existência 

Numa biblioteca ganha autoridade

Pousa soberbo a toda consulta

Se tornando então, virtuoso livro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O QUASE

 


por Adriana Teixeira Simoni

O algo que não chega 

Se chega , é sem entrega  

incompleto não agrega.


Lembrado no arrependimento

E  também na culpa do adiamento 

De não completar conhecimento.


Tem parentesco com procrastinação

Ruim de rima;  fatal e pura inação 

Um conflito com a determinação.


Sempre bom se livrar do mal 

Do acontecer de algo fatal 

Que finda  de forma casual 


Livramento traz paz no peito 

Quase vira benção de efeito 

Transpira sorte com respeito.


Deus de fato responsável

Mas, o Anjo da guarda amável

Sempre as portas do evitável.


















domingo, 3 de janeiro de 2021

ME PERDOE



por Adriana Teixeira Simoni

Me perdoe

Não sou normal

Não desejo isso

Nem sei como é ser isso

Talvez digam a mim

Pare ou então siga

Ou não dirão nada

Quem sabe eu assusto

Não sou comum

Nem medo algum

Sou diferente, impaciente

O desafio me conduz

E o teu insano silêncio

É o principal deles.

sábado, 2 de janeiro de 2021

NEM AO SOL PERDOA





por Adriana Teixeira Simoni

Um dia eu duvidei

Mas, me fizeram acreditar

E em mim acreditando

Assim pude crescer

Apesar de frágil fui forte .

Sabe o girassol ?

Altivo porém frágil

Tem uma realeza em si

Todavia , quem diria

Não suporta sua beleza

Gira num caule singelo

Ou é tímido demais

Se mostra ao sol

Mas, só por um tempo

Logo abaixa o olhar ao solo.

Nisso sou diferente

Impetuosamente olho o sol

Pra garantir poder igual.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

QUANDO EU ENVELHECER

por Adriana Teixeira Simoni

Quando eu envelhecer vão dizer:

O tempo não passou pra você

Você nem tem cabelos brancos

Você conservou bem o corpo.


Quando eu envelhecer talvez digam:

Que leveza de espírito você tem

Você parece sempre estar feliz

Sua alegria não envelheceu.


Quando eu envelhecer vão enxergar:

O tempo passado e os cabelos brancos

O Corpo enfraquecido e inflexível

Que a alegria era tudo que tinha .


Quando eu envelhecer não me importará

O que dizem sobre meu corpo ou cabelo.

Ou da aspereza de lidar da minha pessoa

Quando a alegria descansa na realidade.


Quando eu envelhecer declaro cegueira

De toda critica que pensar fazer

Naquilo que pensar ser pessoal e não é

E do olhar invejoso que insiste em me olhar.


Quando eu envelhecer

Nem vou saber

Afinal declarei cegueira

E não vou nem ver ...

Eu mesma envelhecer


Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021

O ANO 2020 NÃO PEDIU LICENÇA

 


por Adriana Teixeira Simoni

E assim o ano  cruzou pelo mundo 
Nenhuma multidão presenciou 
Tudo foi barrado ou contido 
Todo povo preocupado silenciou.

No Brasil passou e muitos  levou
No despreparo mostrou desespero
Uma confusão oficial se espalhou
Nesse Intuito maldoso o ano virou.

O mundo fala pela imprensa
O que foi, o que  é um ano dificil
No Brasil oficial , reduzem com pressa
Definindo a causa como  imbecil.

Momento ímpar para um país multiplo
Na intenção de afastar das ruas o povo
Crescidos e vacinados pra dar exemplo
O oficial  desuhumano  vacila de novo.

O ano  levou vidas e trouxe a vergonha
Nas infames manifestações do oficial
Que se esforça na demonstração bisonha
Pela direita e esquerda de ser antissocial.

Não pede licença chega e se vai 
2020 veio  trazendo um vírus mortal
2021 luta no mundo para nos louvai
A benção de levar tudo que nos é fatal.

Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021