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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ruídos da morte



O silêncio tem lá seu prazer
Quando...
Rompido pela água em movimento
Ou estalar de um beijo a distância
E no pisar uma folha seca no chão.

O ódio se desperta no silêncio
Quando
Zuni uma motocicleta a distância
Que de tão ruidosa parece na sala
Atordoa a paz sem mudar destinos.

Nem de quem consciente perturba
Tão pouco de quem no ódio se importa
Mas, apaga o silêncio gostoso
E acorda o ódio infame.

Mais certo do que a morte é silêncio
A irreverência ruidosa é carência
De chamar atenção no ódio alheio
Roubando a paz sem encontrar a sua.

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