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terça-feira, 22 de setembro de 2020

UM ESPAÇO

POEMA SELECIONADO NO CONCURSO LITERÁRIO




Um espaço

Adriana Teixeira Simoni

Aquele de um quarto vazio
Que eu mesmo esvazio
Deposito tudo em móveis
E tenho liberdades viáveis.


Local ou dimensão onde me coloco
Viagem pra onde eu me desloco
No incurso das minhas ideias
Ora perfeitas ,ora totalmente alheias


A zona de conforto habitual
Onde supre carência espiritual
Dimensão do presente passado
Universo onde tudo é lembrado.


Espaço ou vazio entre dois pontos
Aquele vão entre duas tristezas
Escuridão ou sol de confrontos.
Tempo onde administro incertezas.







HEI AMIGO!

Amigo próximo, amigo vago, amigo virtual.

Amizade floresce, escurece, resplandece adormece.

Amigo próximo entende, te atende, as vezes vidente sabe o que se pretende.

Amizade corre ao lado da cumplicidade, não para esconder verdade

Mas, para dividir felicidade e aliviar alguma maldade.

Amigo vago, as vezes lembra as vezes não, é doce quando te  vê

Mas algo esconde, talvez a falta de um amigo ter.

Amizade nada tem a ver com propriedade.

Se divide entre Marias e Pedros, ou Antônios e Clarices.

Amigo virtual é  aquele  que curte, aplaude e compartilha.

Sabe que na verdade ter um amigo em rede é supor que...

Seja  para compartilhar tua existência e tuas saliências

Mas, o certo que tudo que te alegra a ele vai envolver 

Se alguma mágoa  por discordar da tua ideia existir

Mande  logo o smille mais animado que tiver 

Amizade não fortalece   só  com   rede virtual,

Mas, na falta de tempo a distância encurta, a alegria se junta

E se a gente  pode, sem tocar fazer carinho,

Não vamos  jamais deixar nosso coração refrigerar  nesse  caminho.


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

DEVANEIO FILOSOFICO

 Um rio de amor e beleza

Igual ao rio, corre desviando das pedras como uma baliza brincalhona. A Água flui transparente, flexível, as vezes parece frágil, mas ora densa ora leve e borbulhante se posiciona impulsiva e corajosa frente aos obstáculos. Aprisionado por uma tensão, o rio se prende entre rochas mais duras, o medo cresce, debate-se entre as paredes e percebe apenas uma saída, entre outras...
Se perde e mesmo na incerteza do caminho busca ajuda, sabe que todo rio precisa fluir, tem um destino, uma razão, uma plenitude de vida para si e para nutrir outros. Como um alivio, como naquele sorriso na dor, o rio segue o curso confuso por várias corredeiras perdendo parte de seu volume.
O rio corre, bate , turbilhona , se encontra, se parte novamente , mas decide ficar unido a sua essência e mesmo resistindo, se permite e lá de seu interior como o metal na terra que ao ser tocado pelo fogo se deixa moldar , o rio vê a necessidade de forjar com fogo as incertezas dos caminhos e dar então grandeza as suas ideias e valores na construção do seu mar ideal de encontro.
O rio escolhe como partida, o dia de Sexta-feira, poderia ter sido a segunda-feira, mas não, escolheu a sexta-feira, o que simbólica e inconscientemente demonstra o quanto esse rio deseja em seu percurso externar beleza e amor através do idioma da arte, distribuindo o belo com amor a si e a seus afluentes. Por coincidência Sexta-feira é dia de Vênus e Freya ambas Deusa do Amor e da Beleza na mitologia Romana e Nórdica; Nos ideogramas chineses sexta-feira é dia do metal que tem em sua característica se moldar com o fogo.
A filosofia traduz a busca num caminho permeado de perfumes seculares que resignificam claramente o presente; não atoa um rio nasce e segue seu curso e para encontrar sem medos seu objetivo maior , deixa pelo caminho a beleza do que é capaz de transformar com o amor que trocou pelas corredeiras de sua vida . O rio ora se acalma ora turbilhona, mas já encontra muito mais caminhos. Mesmo um rio, para uma vida plena, necessita de amor e beleza em seu curso.
Adriana Teixeira Simoni 18/09/2020
“Me pergunta porque compro arroz e flores? Compro arroz para viver e flores para ter pelo que viver” - Confúcio

domingo, 13 de setembro de 2020

SOBRE SER FAMOSO

Sobre ser famoso

por Adriana Teixeira Simoni

Numa escala maior , percorre-se ascendendo o dó, momento este que todos te julgam com dó, frente as iniciativas corajosas de expor sua arte.
Depois você tem de vencer o ré , uma auto-sabotagem que te atenta desistir de seguir estudando , criando sua arte.
A pior de todas é superar o mi. Momento que você precisa ser resistente a preguiça de quebrar paradigmas . A sua mentoria precisa se impor para que a sua base seja firme para garantir crescimento e menos sofrimento futuro.
No meio da escala você chega ao primeiro fá , atormentado sai abafado, entrincheirado com tantas regras .
O sol chega iluminando as ideias e a criatividade se une a habilidades mais facilitadas.
Lá já é um momento de estranha consciência , momento que parece não saber nada novamente e tudo se trava, você fica exigente demais.
Si , acaba a dúvida e você percebe a necessidade de insistir na dedicação. A mentoria toma espaço e da confiança.
Nesse dó já não interessa mais ninguém , só seus próprios resultados alcançados.
O ré já não tem sentido negativo e sim de reconhecimento das conquistas até aqui.
Mi se torna aquele momento midiático esperado, você é notado.
E finalmente acessa o famigerado fá e no seu reduto fica famoso. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

MÚSICA: EXALTAÇÃO




 

Exaltação 


COMPOSIÇÃO LETRA  Florbela Espanca . MELODIA : Adriana Teixeira Simoni


 

Viver! Beber o vento e o sol! Erguer

Ao céu os corações a palpitar!

Deus fez os nossos braços pra prender,

E a boca fez-se sangue pra beijar!

 

A chama, sempre rubra, ao alto a arder!

Asas sempre perdidas a pairar!

Mais alto até estrelas desprender!

 

A glória! A fama! Orgulho de criar!

Da vida tenho o mel e tenho os travos

No lago dos meus olhos de violetas,

 

Nos meus beijos estáticos, pagãos!

Trago na boca o coração dos cravos!

Boêmios, vagabundos, e poetas,

 

Como eu,  sou Irmã, ó meus Irmãos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

ACORDAR PRA VIDA

por Adriana Teixeira Simoni

Nessa manhã ouço o sabia a cantar
Bem insistente, algo ele tenta avisar
Que o dia já nasceu e a vida segue
E estou pronto para novo perrengue
Uma novidade sempre acompanha
A vida se revela sempre estranha
Traz algo novo e algo já bem vivido
Cabe-nos olhar a sombra sorrindo
A surpresa da manhã é a esperança
A beleza da noite é como lembrança
Tudo que fizemos ficou no passado
Mas, a lembrança é o nosso agrado
Aquele presente sempre presente
Seja pra nos trazer aprendizado
Ou lembrar de ser mais resiliente.
Adriana Teixeira Simoni 04/09/2020