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sábado, 13 de março de 2021

PERDIDA EM MIM


 Por Adriana Teixeira Simoni

São muitas de mim

As vezes me perco entre elas 

Outras me abraço em gratidão

Cada uma tem seu espaço

Compreende a outra

Mas, quando em cena ignora

São a mesma pessoa 

Mas vivem  outra 

por instantes, num firmamento 

Das lacunas entre uma e outra 

Esta a beleza clara 

Na persistente desenvoltura

De conduzir e escolher 

Qual delas se vira melhor

Nesse ou naquele acontecimento.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

NA RIMA ME PERCO

 


por Adriana Teixeira Simoni

Não me prendo a rimas

Mas, quando quero as uso

Igual moda, não me domina

Porém, até permito algum capricho.


Tem palavras que a rima atrai

Por exemplo quando fala de amor

Sei que nele sempre tem alguma dor

Assim como frutos são diferentes na cor.


Outra que pega bem,  é rima com coração

Logo penso em fazer uma oração

Pra com minha gratidão

Falar em poesia com paixão.


Moda vai e vem, a rima põe se quer

A vida assim  também  permite

Ser igual sempre ou diferente

Sem pra isso rimar com  sofrer.



sábado, 6 de fevereiro de 2021

NEM TUDO SE SUPÕE


 Nem tudo se supõe

Eu pensei na vida supor
Que tudo um dia viraria amor 
Mesmo aquilo que trouxe alguma dor
Decepção não se carrega num andor.

Advertida, evito permanecer na dor 
Melhor não dar a ela muito valor. 
Mesmo vivendo um grande amor
 É bom felicidade eterna não supor.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sobre o coletivo.ENLUARADAS

 




Esse movimento feminino vai empoderar até a poesia das anáguas esquecidas pelo desuso do tempo, transformando todas em vestido de festa.  

Adriana Teixeira Simoni

sábado, 23 de janeiro de 2021

O MEU ENTUSIASMO


Por Adriana Teixeira Simoni

Sempre me vinha com louvor
Lindo e muito tentador
Me invadia sem licença
Impondo cor na sua presença.

Esse ardor de tua chegada
Aos demais era compartilhada
Pois, alegria jamais é guardada
Ao se espalhar é sempre duplicada.

Se isso tem algum nome já não sei
Nunca chamei, sempre me apossei
Deixo-me possuir e até já abusei
Desse entusiasmo que ora te causei .

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

A viagem das letras



Por Adriana Teixeira Simoni

Elas surgem em vários vocábulos

Ou palavras reunidas em punhados

Em ordem alfabética para facilitar

Para num belo dicionário foliar.

 

Eis que unidas essas palavras

Criam as linhas compostas

Por verbo, artigo e pronome

Harmonizando tudo em frases.

 

Estas frases se agregam a outras

Unindo linhas de expressivas falas

Que ordenadas assim se transformam

Em prosa, verso, texto ou crônica.

 

Ainda em sua linda expressão

Podem, todavia, virar melodia

Basta uma bela inspiração

E ondas harmônicas as dividir.

 

Nessa união de opções, nasce

Um livro, virtual ou físico

Eterniza-se uma porção de ideias

Que transportam mentes diversas.

 

Quando este livro tem capa, enfeita

As prateleiras o ganham e o exibem

Até que outra alma se sinta atraída

Deixando sua  emoção trocar.


Um livro de importante existência 

Numa biblioteca ganha autoridade

Pousa soberbo a toda consulta

Se tornando então, virtuoso livro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O QUASE

 


por Adriana Teixeira Simoni

O algo que não chega 

Se chega , é sem entrega  

incompleto não agrega.


Lembrado no arrependimento

E  também na culpa do adiamento 

De não completar conhecimento.


Tem parentesco com procrastinação

Ruim de rima;  fatal e pura inação 

Um conflito com a determinação.


Sempre bom se livrar do mal 

Do acontecer de algo fatal 

Que finda  de forma casual 


Livramento traz paz no peito 

Quase vira benção de efeito 

Transpira sorte com respeito.


Deus de fato responsável

Mas, o Anjo da guarda amável

Sempre as portas do evitável.


















domingo, 3 de janeiro de 2021

ME PERDOE



por Adriana Teixeira Simoni

Me perdoe

Não sou normal

Não desejo isso

Nem sei como é ser isso

Talvez digam a mim

Pare ou então siga

Ou não dirão nada

Quem sabe eu assusto

Não sou comum

Nem medo algum

Sou diferente, impaciente

O desafio me conduz

E o teu insano silêncio

É o principal deles.

sábado, 2 de janeiro de 2021

NEM AO SOL PERDOA





por Adriana Teixeira Simoni

Um dia eu duvidei

Mas, me fizeram acreditar

E em mim acreditando

Assim pude crescer

Apesar de frágil fui forte .

Sabe o girassol ?

Altivo porém frágil

Tem uma realeza em si

Todavia , quem diria

Não suporta sua beleza

Gira num caule singelo

Ou é tímido demais

Se mostra ao sol

Mas, só por um tempo

Logo abaixa o olhar ao solo.

Nisso sou diferente

Impetuosamente olho o sol

Pra garantir poder igual.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

LÁ VEM O TREM


 

 VEM O TREM

Adriana Teixeira Simoni

Ele é sempre esperado na plataforma

Onde há um clima favorável para o novo

Seja desbravando o novo caminho da reforma

Ou indo de vez do lugar deixando algum estorvo.

 

O trem segue firme o caminho em linha reta

Nas curvas permite ver a máquina de comando

Na vida tudo é pra frente com ou sem ter uma meta.

Nas curvas da vida vai-se todo o tempo transformando.

 

Na estação até que o apito venha

Tem o tempo pra pensar na despedida

Que pode ser de saudade ou de desdenha

Pela partida resolvida ou da alegria iludida.

 

Lá vem o trem, o sino avisa, o relógio aponta

A pontualidade assusta pela pressa que excita

Corações se agitam, abraços se cruzam por conta

Da consumada despedida que ora aflita.

 

Como na vida os trens vão e vem tempo todo

Na vida tudo passa, mas algo sempre fica.

Na plataforma queda o sentimento incômodo

Das vidas que embarcam e o movimento se pacifica.

sábado, 12 de dezembro de 2020

DEDOS E NOTAS

por Adriana Teixeira Simoni


Dedos que digitam
Cordas que não hesitam
Responder ao variado arpejo
A sonora resposta do desejo.
De melodicamente nos entreter
Pelo toque certeiro das notas manter
A harmonia sobreposta que exala
Do contorno perfeito daquela escala.
No som vivo suado ao ritmo dos dedos
Lido naquela pauta de figuras e seus enredos.
A música é um intrincado jogo de dedos e notas
Que os ouvidos carregam até às almas dispostas
A encantar outras, unindo ouvidos numa comunhão
Para perdurar na lembrança a rítmica que soa no coração.
Adriana Teixeira Simoni 12/12/2020

domingo, 15 de novembro de 2020

PALAVRAS TEMPERADAS

 O

por Adriana Teixeira Simoni
que dizer sobre a temperatura 

Quando esta expressa a ternura

Ou  da mais dolorida ausência 

Nas frias palavras sem prudência.


No dito "Gentileza gera gentileza"

É para preservar  o uso da sutileza .

Mas, se alguém te tratar com frieza

Deixe-a, mas mantenha sua delicadeza.


Tem quem diga na frente negue as costas

Ou quando lhe convém em ações nefastas

Usar a amizade ou afinidade na maldade

Como exercício ao treinar sua  crueldade.


Nas palavras apimentadas tem o calor

Quando expressam sussuros de amor

De novo ríspidas, nas ofensas caluniosas

Mas dão sua  beleza  as piadas graciosas.


Adriana Teixeira Simoni 15/11/2020

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A DOR

 

por Adriana Teixeira Simoni

Na dor se diz:  dói no coração

Depende da dor é um  furacão

Rápida aprisiona é um alçapão.

Pra aliviar,  as vezes só oração.


Que impetuosa é essa dor de amor

Nasce do carinho se vai num temor

Traídos pela expectativa visceral mor

De ver perfeição além do Deus senhor.


Na morte  toda dor vira saudade

Na falta que faz  aperta a realidade

Porque jamais apaga a fatalidade

De sua partida em nossa brevidade.


Vem  a dor física lembrar do emocional

O tempo todo a te mostrar algum sinal

Por isso dói aqui ali  pra perceber afinal

De onde vem a cura pra essa dor original.


Adriana Teixeira Simoni 12/11/2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

UMA MULHER FLOR

 


por Adriana Teixeira Simoni

Delicada como uma flor
Rodeada de pétalas e cor
Surge de um pequeno botão
E se abre de pleno coração.

Toda  mulher encanta
Toda fêmea é santa
Feroz quando levanta
Diva  quando  canta.

Flor da cor vermelha
Rosa da cor da flor
Com medos e dor
Ama como centelha.

Mas, num vale culposo
Foge do que é odioso
Toda flor é linda quissó
A mulher escolhe, e só.


Inspiração em apoio a #MarianaFerrer #estuproculposonãoexiste

sábado, 7 de novembro de 2020

A VIDA é LEVE ,CURTA E BELA


por Adriana Teixeira Simoni

Que frustrante pode ser a vida

Quando tu a percebes contida 

Sem sentir que ela te convida

Pra todo tempo soar divertida.

 

O peso da seriedade te aborta 

Não abre a tua principal porta

De viver o sonho que importa

Esfria como uma coisa morta.

 

Não te anules pelo mais belo, que não tens

Não desalentes pelo mais caro, que não tens

Nem te oprimas pelo que não alcançaste

Reveja o tempo de adquirir que colocastes.

 

A vida é curta, o tempo pode ser longo

Quando pelo sofrimento me prolongo.

Vida é leve, se o tempo for vantajoso

E tu deves ser o tempo todo corajoso.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A VAIDADE NA VERDADE

por Adriana Teixeira Simoni

Nas chegadas estamos sempre nus

Logo na permanência vestimos algo

Cobrimos o vulnerável e o íntimo

Não permitindo mostrar o secreto.

 

Escondemos as partes abertas

Mostramos a faceta que convém

Na garantida segurança da paz

Do nosso velho e bom conhecido.

 

Do nudo ser que nos habita

Pouco se conhece e explora.

Tudo muito guardado mofa

Por tal razão cabe desapegar-se

 

A vitrine atrai pelo que exibe

Nem tudo ali está disponível

No coração ninguém vê amor

Já o olhar demonstra uma dor.

 

Se tirarmos toda roupa e a venda 

Nos possuímos como um espelho

Corrigimos defeitos e postura 

Podendo escolher amar ou odiar.

 

Sem vaidade, mas com a realidade

Conversamos a intimidade melhor 

Coração aberto é uma frágil rocha 

Repleta de musgos prontos a florir.