por Adriana Teixeira Simoni
Nas chegadas
estamos sempre nus
Logo na permanência vestimos algo
Cobrimos o vulnerável e o íntimo
Não permitindo mostrar o secreto.
Escondemos as partes abertas
Mostramos a faceta que convém
Na garantida segurança da paz
Do nosso velho e bom conhecido.
Do nudo ser que nos habita
Pouco se conhece e explora.
Tudo muito guardado mofa
Por tal razão cabe desapegar-se
A vitrine atrai pelo que exibe
Nem tudo ali está disponível
No coração ninguém vê amor
Já o olhar demonstra uma dor.
Se tirarmos toda roupa e a venda
Nos possuímos como um espelho
Corrigimos defeitos e postura
Podendo escolher amar ou odiar.
Sem vaidade, mas com a realidade
Conversamos a intimidade melhor
Coração aberto é uma frágil rocha
Repleta de musgos prontos a florir.
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