ANTES
, DURANTE E DEPOIS DA PANDEMIA
Adriana Teixeira Simoni
As notícias fervilhavam sobre a
melhor evolução, a melhor fantasia ou qual samba enredo mais enredou toda
escola na passarela. Havia também algumas informações ainda secundárias sobre a
China, sobre um vírus, um mercado central de uma cidade, morcegos, algo por aí.
Mas, chineses tem costumes alimentares estranhos e morcegos num mercado de
frutos do mar não surpreende, assim como cachorros, cobras e escorpiões.
Muita gente com projetos em
andamento de diversas áreas, gente do mundo da arte pessoas em busca de diversão,
fechando pacotes de viagem e nem olhando o noticiário. Mesmo porque vírus e
dengue é algo mais que comum no Brasil. Porém, as notícias começam a ficar mais
globalizadas. Já não se fala mais só sobre a china. Itália entra em colapso e
ainda assim arredores não acreditam... No brasil segue o carnaval...
Quando respinga no Brasil o
presidente da republica de bananas, logo ameniza afirmando ser uma gripezinha.
Embora ser feliz, aglomerar e atacar publicamente as instituições democráticas,
consultar gurus para buscar sugestão de ministro para compor a destruição do país
utilizando de algum ministério pra deixar a boiada passar no meio da pandemia.
A luta interna não está pautada
para salvar uma população, fechar fronteiras para a calamidade. É a incrível
necessidade boçal do pai e filhos institucionalizados por voto a criar
conflitos com embaixadas, negar a vacina e fazer campanha antecipada.
Que país é esse repetiria
Cazuza se vivo fosse! Quantos brasileiros partiram porque não acreditaram nas
notícias oficiais? Quantos não entendem o que é pandemia ou coletivo? Ainda presos na irresponsabilidade da gripezinha,
condenam pais e avós a morte. Quantos estão a mingua com os necessários
bloqueios completos, não podendo ganhar seu pão com arte ou seu negocinho
pequeno? Quantos perderam o emprego
porque os empresários ricos não receberam incentivo do governo para mantê-los?
Isso não é só problema do COVID, isso é o capitalismo feroz e insano preocupado
com a empresa dele e ponto.
Defender uma atenção social responsável,
não é comunismo. Para exemplo disso, temos muitos países fieis capitalistas que
se esmeram em auxiliar a população vulnerabilizada pela pandemia com auxílios
financeiros para mantê-la viva. No brasil cada dia vira gorjeta de flanelinha e
olhe lá...
Nós brasileiros vivemos uma
pandemia em vários setores, não só por um vírus, mas por um voto viralizado pelo
ódio. O desastre ajuizado por uma escolha ruim transformou a vida dos
brasileiros numa pandêmica condição. Enquanto o governo federal nega a falta de
leitos, ar, vacina e desconversa sobre a corrupção que envolve sua própria
família, nós sofremos com a afirmativa e crescente alta do dólar, gerada pela
instabilidade das ações governamentais, o que faz com que os preços de todo
mercado e de combustíveis fiquem estratosféricos para um povo que em grande
maioria é pobre.
Quando a parte mais violenta
da tempestade do coronavírus passar, a vacina chegar a grande maioria, teremos
alguns túmulos a mais para visitar no cemitério, teremos dívidas para negociar,
teremos saudade de muitas pessoas e coisas boas que um governo figurado como
comunista em certos redutos da fake News desinformativa nos proporcionou e que
esse governo insiste despreocupadamente em nos tirar em direitos e condição econômica
alcançada. As perdas vão muito além da pandemia. Vão de direitos a poder de
compra. E se você não sabe, os jornais já informam que o mercado econômico já acena
alegria com a promessa do ex-presidente Lula voltar a governar o país, isso denota
duas coisas, uma claramente que Lula apesar de seu governo ser intitulado
equivocadamente de socialista (puro) sabe muito bem lidar com o capital sem
desamparar o social e dois, que está um caos a o governo Bolsonaro. Se você
ainda não entendeu a economia precisa circular na sociedade como um todo para
funcionar e não ficar retida apenas circulante nas mãos de poucos.
Me resta aguardar mais um
pouco para terminar esse texto pois, sobre o “depois” da pandemia ainda é difícil
prever que tipo de brasileiro vai sobreviver a isso tudo...