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quinta-feira, 4 de março de 2021

BOM DIA NOITE

                             foto: Ana Maria Ferrari
 

Por Adriana Teixeira Simoni 


Na noite te dou bom dia

para parecer infinito

o nascer  e a rebeldia

todos finais são melancólicos

assim como o viver bucólico

já o  nascer  e o  dia

são sempre de fato

muito mais inspiradores. 



quarta-feira, 3 de março de 2021

LUZ, VELA e o TEMPO

 




Por Adriana Teixeira Simoni

É na luz que me propago

Libertando no véu solar

Do marfim alinhado

Meu  sorriso magnético

A vela ilusória

Que leva minha nau

Aportar longinquas encostas

E ancorada em carinho e amor

Faz meu tempo mais  colorido

Num momento passageiro

Dos  conflitos à dúvidas

Parecer passaporte...

Do meu mais lindo viver.

terça-feira, 2 de março de 2021

EM CHAMAS



Por Adriana Teixeira Simoni

Não quero falar de cantares
No ruído dos azedos medos
Que prendem e sufocam
As notas perfeitas da alma



Todo desejo é uma ordem
Na tonalidade vibrante
Que exaltam os versos
Afinados com a melodia do viver



Chamuscada na perfídia
Que mesmo no passado
Segura na presente memória  
A beleza da sua liberdade.



E de pronto quando solta essa voz
Que estava sufocada, e  que agora brilha
No tom que a perfeita lira, feminina, soa
Em  chamas de alegria  se vai ... cantando feliz.

segunda-feira, 1 de março de 2021

Hormônio Mulher



Por Adriana Teixeira Simoni


Quando uma mulher ainda menina 

Percebe o quanto sua vida será linda 

Essa mulher vira a própria dopamina

Toda vez que se passa de novo por menina 


Se faz mãe aquela já mulher 

Onde não há amor maior que a defina 

Essa mulher é a endorfina 

Quando para ela e mais alguém é só alegria 


A mulher que trabalha e assim descreve 

Na poesia do seu viver  e onde a tudo anima 

Faz vibrar com suas ideias e suas meias finas 

A alta concentração de serotonina 


Mulher é uma história, uma família, uma vagina 

Da mistura do medo e da vontade de realizar 

A sua luta de afirmação é a  livre emoção 

Do viver intenso  na pura adrenalina de ser mulher.

Minhas Distâncias



Por Adriana Teixeira Simoni

 Não tenho Fronteiras

Para atingir distâncias

Não tenho limites 

Para num mundo viajar...

Porém, sigo presa


Não tenho fronteiras

Mas, mantenho distâncias

Tenho limites demarcados

Numa gravidade real

Porém, sigo vivendo


Não quero as fronteiras

Mas, mantenho a distância

Da proximidade que me deu vida

Fez de tudo, agora entendo

Não tinha o que dar

Deu limites demais


Não quero as distâncias

Porém, me perco nas fronteiras

Vejo amor sem horizonte

Me cego nas paixões acercadas

Vivendo  incerta realidade

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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Mau humor


 MAU HUMOR

NESTE DIA ME PINTEI DE NUBLADA
COM A TRANCA FECHADA
PORÉM, UMA VENTANIA
ME TROUXE OUTRA COR
NUM SORRISO ME ABRIA
PINTADA DE AMOR

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

ARTE E VIDA

 


Por Adriana Teixeira Simoni. 

Hoje me vejo em duas, três

Me viro em faces 

Ora perfeita enluarada 

Canto , danço, faço graça 

Ora má e desvairada 

Grito, ardida em  palavras 

Se esvai a artista 

Quando desce a cortina 


Nos bastidores , os espelhos  

Revelam na maquiagem 

O que monta aquela personagem

Mesmo assim, ali nua 

Me vejo na verdadeira beleza 

Na fase que passo de crescente saber lidar 

Com a artista enluarada ou desvairada 

Nas fases divinas de meu  viver.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Preliminares

 


Mudei de ideia




Por Adriana Teixeira Simoni

Agora há pouco

Andava pela rua

Passadas perdidas

Igual meus pensamentos

A nuvem escura anunciava

Talvez uma tempestade

Pingos começam a molhar a pele

Apertei o passo

Ao vento abri meus braços

Ele me abraçou

Refrescou meus pensamentos

afastou péssimas ideias

Acolhi imenso prazer

Permiti molhar mais a pele

Tive uma ideia

Mantive a caminhada

domingo, 21 de fevereiro de 2021

UM PERFEITO FEMININO

 


Por Adriana Teixeira Simoni

Eu Falo daquela...

Que cresce rodeada de cuidados

Envolvida entre contos e fadas

De brincadeiras ora impostas

Para representar um rosa institucional.

 

Eu lembro daquela...

Que levanta cedo e se multiplica

Pensa e prepara a família pra vida

Muitas vezes esquece da própria existência

E se afasta de seus maiores sonhos.


Eu penso naquela...

Que abala o doméstico recatado

E mostra o tamanho de seu espaço

Grita para outras entenderem a dimensão

Da grandeza de apagar tabus.

 

Eu agradeço aquela...

Que pariu, criou e tomou liberdades

De mostrar aos machos quanta força e coragem

Pra lutar e conquistar qualquer espaço

Usando botina, maquina, caneta ou avental.


Eu me orgulho daquela...

Que sem querer ser mais, foi

Resistiu à família e a sociedade

Mostrou caminhos, conquistou espaços

Deu voz e poder a fila que vinha atrás.

 

Eu me oriento naquela...

Que na diferença firmou identidade

Se permitiu viver na intensidade, a sua escolha

Nada mais justo num corpo e mente sã

Gozar na forma que o prazer lhe domina.

 

Eu perdoo aquela...

Que reprimida não entendeu nada

O tempo e o espaço nada significou

Onde a sororidade não lhe cativou

E segue a se auto mutilar no machismo patriarcal.

 

Eu me sinto salva...

No meu tempo, espaço e percebo a dimensão

De ser livre, mãe, amar, lutar e gozar

Vivendo um lar sem permiti-lo me dominar

Tendo filhos ou livros ou apenas sendo mulher.