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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

SILECIOSA BATERIA



por Adriana Teixeira Simoni
Quando o silêncio aflora
Ecoa nas paredes vazias
Que cercam o infinito cosmos
Daquela  intimidade febril

Nada, tem mais a forma do desejo
De compreender o tamanho do barulho
Que ressoa nesse quartinho escuro
Onde guarda o som de um surdo amor

E é voltando  lá no parquinho
Naquela gangorra ora sobe ora desce
Do vibrar o corpo escorregando  sem medos
Ao descer  um caminho ainda conhecido

Nas Lembranças dos bons momentos
Resgata aquele  silêncio melódico
Onde infortúnios não marcaram
Porém, se instalaram sem perceber

E agora quando o silêncio fecundo
Provoca a bateria mudando a harmonia 
Querendo Fugir do som dos bumbos
Que parecem  afligir um peito já combalido

Porém esse silêncio transporta
Aos caminhos mais escuros e guardados
Revelando os flagelos pueris
Que a alma insiste agora reconciliar
        
Pois, é quando vulnerável e desarmado
Que o silêncio revela toda grande verdade
Ao transitar a superfície da memória 
Com a leveza que uma alma  requer

A bateria ajuda no ritmo a ser levado
Um coração agitado é vivo
O silêncio é a pausa do compasso
Pra que a sua própria  melodia assuma.

Não há dor que perdure
Se o silêncio for também ouvido
Pois, é no  lamento interno da cuíca
Que se completa a harmonia da bateria.





sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Um dia lindo / Um dia triste

 




Aquele dia


por Adriana Teixeira Simoni


SEMPRE VEM A MEMÓRIA 

AQUELE DIA DE GLÓRIA

MARCADO POR UMA CONQUISTA

QUE NOS DEIXOU OTIMISTA


A VIDA TEM MUITOS DIAS

TEM AQUELES REPLETOS DE OUSADIA

OUTROS QUE NOS ELEVAM ACIMA

E EMPODERAM A NOSSA ESTIMA


NÃO MUITO AGRADÁVEIS 

TEM DIAS QUE SÃO EXECRÁVEIS

LEMBRÁ-LOS DÓI DEMAIS

MAS, NA CONSTRUÇÃO FOMRAM FUNDAMENTAIS


E, DESDE AQUELE DIA

EM QUE A POESIA

VEIO EM VERSOS ME EMBALAR

NUNCA MAIS DEIXEI NADA ME ABALAR


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Por Uruanã

 



POR URUANÃ

 

Ele queria muito fundo nadar

Tanto quis que humano virou

Por aqui chegou pra tão pouco ficar

Mas, seu sorriso inocente se espalhou

 

As trombadas e pechadas de carrinho

Marcaram as brincadeiras com o irmão

Muito mais que lenda, Uruanã

Deixou muito amor e carinho

 

Tudo expresso em talento e música

Que agora Ravi  partilha

Num projeto com homenagem

Numa baita harmonia melódica.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

NEM TUDO SE SUPÕE


 Nem tudo se supõe

Eu pensei na vida supor
Que tudo um dia viraria amor 
Mesmo aquilo que trouxe alguma dor
Decepção não se carrega num andor.

Advertida, evito permanecer na dor 
Melhor não dar a ela muito valor. 
Mesmo vivendo um grande amor
 É bom felicidade eterna não supor.