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sábado, 23 de janeiro de 2021

O MEU ENTUSIASMO


Por Adriana Teixeira Simoni

Sempre me vinha com louvor
Lindo e muito tentador
Me invadia sem licença
Impondo cor na sua presença.

Esse ardor de tua chegada
Aos demais era compartilhada
Pois, alegria jamais é guardada
Ao se espalhar é sempre duplicada.

Se isso tem algum nome já não sei
Nunca chamei, sempre me apossei
Deixo-me possuir e até já abusei
Desse entusiasmo que ora te causei .

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Um ser, mulher

 

 
Por Adriana Teixeira Simoni

Ser mulher
Pode lembrar vaidade
Se for rimar de verdade
Aponte  pra Solidariedade
Ela lembra  amorosidade.


Mulher pode engravidar
A um filho se dedicar
Não ser mãe e optar 
Por uma carreira focar
E profissional se tornar.


Mulher frágil se parece
Mas , muito padece
Na sociedade que carece 
Entender que ela enobrece 
E deve ganhar o quê merece.


Mulher feminina ou não
Unhas longas ou não
Cabelos curtos ou não
Sendo ou não mulherão
Ser mulher não é mole  não.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Não se canse

Por Adriana Teixeira Simoni

Nada cansa na vida
Só a tarefa sem amor
O olhar sem carinho
A Frieza nas palavras
E o tanto faz no convívio

O que cansa na vida
É viver sem objetivo
Levantar sem acordar
Valorizar o ódio
E oprimir sentimento

Cansa, mas garante vida
Ir além do que sabia
Aceitar os desafios
Abraçar com afeto
E compartilhar paixão.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

SONETO de CARNAVAL

                                     foto uol

 Por Adriana Teixeira Simoni

Era carnaval fantasia samba e calor

Tinha paetê pra o brilho e penas de valor 

Cocares , índios, penas e alguma flor 

Baianas a rodar sua saia a todo vapor 


Arlequim saltitante rodava o salão

Tão feliz quanto pierrô apaixonado 

Colombina fitava um e outro em vão

Pois divertido eram os dois, ao seu lado 


A moça linda nem precisava de  fantasia 

Samba no pé  e o corpo todo se balança

Excitava  olhares ao mostrar em demasia 

O que Deus lhe dera sem muita temperança


Carnaval cheio do brilho como bonança

E Prazeres carnais antes do jejum chegar 

A santa quarentena,pra dos pecados lembrar

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ruídos da morte



O silêncio tem lá seu prazer
Quando...
Rompido pela água em movimento
Ou estalar de um beijo a distância
E no pisar uma folha seca no chão.

O ódio se desperta no silêncio
Quando
Zuni uma motocicleta a distância
Que de tão ruidosa parece na sala
Atordoa a paz sem mudar destinos.

Nem de quem consciente perturba
Tão pouco de quem no ódio se importa
Mas, apaga o silêncio gostoso
E acorda o ódio infame.

Mais certo do que a morte é silêncio
A irreverência ruidosa é carência
De chamar atenção no ódio alheio
Roubando a paz sem encontrar a sua.

domingo, 17 de janeiro de 2021

A Rola canta

                      Foto Ana María Ferreira

O cantar triste da Rola
Aperta o peito silencioso
Que carrega a tristeza
Num apelo por ser ouvida.

Seu arrulhar insistente
Clama por ser sentido
Na melodia do seu apuro
Buscando colo ou afago.

A Rola persiste sem tempo
Nada responde, mas ecoa
Mesmo distante , ressoa
E alívio vem mesmo atoa.

No  silêncio  que cabe
Seu cantar plangente
Não ouve resposta mas, sabe
Que seu cantar é contagiante.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O Tempo no tempo da Alma

Foto: Ana Maria Ferrari

Adriana Teixeira Simoni

O desejo é o mesmo
Que cresça o tempo
Na mensagem que a vida
Envia na hora que a alma
Aperta o tempo ansiosa
Por mais tempo com ela.

Pela busca tranquila
Mas, ávida de novos tempos
De todas as frases contidas
Nessas luas de encantos
Daquelas melodias vibratórias
Que o tempo ora pede, ora canta.

O Tempo ...
Acreditando não ter mais dele
Pra então suprir a alma
Grita para ela já cansado
Calma, tu és a minha alma
Sem ti o tempo nem tem porquê.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

É , tudo passa mesmo

Foto: Ana Maria Ferrari

Por Adriana Teixeira Simoni

Até briga tem pela passa
Uns amam outros odeiam
Há quem mistura com salgado
E quem nem com doce gosta

O certo é que tudo passa
Passa gente na frente
E também pra traz da gente
Tudo corre, acontece e passa

Tudo é tão incerto
Tem fato que fica
Mas, nunca igual pra sempre
Porém só amizade é sagrada

Estranho o sentimento que passa
As vezes passa lindamente
Outras na emoção se resseca
Mesmo dor, um dia também passa.

EU MORRI E VIVI

                      Foto: Ana Maria Ferrari


Por Adriana Teixeira Simoni

Eu morri de pena
Morri de dó
Morri sofrendo
Morri do infame ódio.

Eu morri pensando
Morri de dor
Morri de tristeza
Morri da expectativa.

Eu morri pra todos
Morri desesperada
Morri empenhada
Morri sem ser notada.

Eu morri pra viver
Morri ao nascer
Morri ao entender
Que morrer as vezes é viver.

Revista The Bard

 Revista






Poema publicado:

Soneto para a Vida