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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O tempo não tem tempo...

Foto: Ana Maria Ferrari
 


CRÔNICA: O tempo não tem tempo...


Por Adriana Teixeira Simoni

E o vento dissipou nuvens de dúvidas para aflorar o sol intrépido de ardentes aspirações. Nem as dúvidas se calaram, nem o sol aqueceu o caminho das minhas decisões. Cada qual, firme se prende na haste da minha honesta conduta. E, assim tremulam esvoaçantes, porém não permitem se avistar qual se desprenderá para acalmar a tempestade, que ora se desenha ruidosa ora sorridente a convite de novas explorações virtuosas. Que podem ser vitoriosas ao apelo das ânsias internas, assim como, vencidas pela insistente vontade de manter-se no suspense. Essa liberdade de manter a privacidade livre dos seres procrastinadores em deteriorar qualquer laivo de poder amável e competente, governa os sentidos na ventania insistente que domina o descoordenado desfraldar de decisões. Por um fio apenas, segue presa a vontade, pois trabalhar ao bem comum se encorpa nos desafios da inquietude de ajudar. Não sei se chove, ou se manterá nublado, nem se será rápido ou demorado. Só sei que ando cansada da instabilidade com que o povo vive a lamuriar. O tempo é assim mesmo... Um dia sol, outro chuva. Se nubla, logo chove ou abre sol.

Adriana Teixeira Simoni 10/01/2016

Gentileza



Por Adriana Teixeira Simoni
Lá no alto está 
Mas, nem parece
É super importante
Não mais que a sutil delicadeza
De praticar a sensível gentileza. 

Se achando o máximo
Não impede o mínimo
A simplicidade revela o reinado
Pois, o coração fica na torre
Que aprisiona tudo com amor.

É na reciprocidade viva
Que se desmonta o ego
No palácio da soberba infame.
Ao apreciar o que não possui
Tem garantido o afeto real.

domingo, 10 de janeiro de 2021

O NOCAUTE


por Adriana Teixeira Simoni

Era uma tarde sem novidade
A rotina seguia com suavidade
Até que algo acende o celular
E rápido põe o coração a pulsar.

Logo pensa naquela notícia esperada
Já no cabeçalho se coloca desesperada
Percebe bem curta a mensagem
E vem com escura abordagem.


Do início ao fim, muita dor
Um fator transformador
Que uma nota pode operar
E uma relação dilacerar.


Um ringue na vida sem precedente
O acontecimento logo vira incidente
A situação pede que se levante e lute
Mas, mesmo entendendo, vai a nocaute.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Na correnteza da vida

                             Por Adriana Teixeira Simoni


Como um seixo rolando  rio abaixo

Segue impetuosa vontade oculta

De algum lugar chegar sem definir

Nem onde nem porque apenas chegar.


Cada curva, cada enrosco uma novidade

Que assusta e ao mesmo tempo cresce

Na curiosidade de saber onde vai dar

Esse caminho que corre sem objetivo.


Estranho não se declara decidido

Mas, parece rolar em desatino

Pra algum lugar bem sabido

Porém, onde só a leveza sabe .


Se distrai brincando na correnteza

Ora rápido onde tudo acontece 

Ora só a  espera aborrece 

Mas, no fundo guarda a certeza.


Vida boa e oportuna é assim

Rola rio abaixo sem  destino

Porém, no caminho se descobre

Ao reconhecer seu, aquele caminho.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A VIDA DE PASSAGEM


Por Adriana Teixeira Simoni


Incrível são as passagens

Nos levam onde queremos

Seja na vida ou num trem

Nas duas janelas tudo passa.


Vidas passam em nossa janela

Algumas prendem os olhos

Outras o coração

E algumas nos levam a reflexão.


Pessoas que inspiram 

São as que jamais passam

Estão sempre presentes

Nas  palavras ou gestos.


Pessoas ensinam a passar

Ou a ficar mais tempo

Aprendendo com a vida

Na passagem que ela mostrou.


Quero uma passagem 

Que me leve lá longe

Junto da grande janela

Na vida que se abriu pra mim

VIDA SEM CANTOS


Virei a página. 

Dei  um ponto final 

Nessas coisas  e tal

Que me fizeram ou ainda

Me fazem tão  mal

Se a vida é um círculo  

E não um quadrado

Tenho pressa de ser feliz

Pois,   eu nem sei  

Quanto tempo ainda resta

Já que não tenho cantos

Quero viver no centro

Onde encontro  meu sorriso

Onde vive a colorida  alegria 

Que as pessoas resolvidas tem.


Adriana Teixeira Simoni 08/01/2016

Solidão nem bem nem mal


Logo a solidão se instala
Logo sozinha ela se rebela
Para alguns é privilégio
Para outros desespero

Que estranha pode ser a solidão
Para alguns acalma toda aflição
Que o incômodo traz com a presença
Para outros alivia o peso quando ausente.

Quem pode entender
Que um mal faz a uma pessoa
A outra pode um bem satisfazer
Nem tudo é bom nem tudo é mal.

Adriana Teixeira Simoni

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

A viagem das letras



Por Adriana Teixeira Simoni

Elas surgem em vários vocábulos

Ou palavras reunidas em punhados

Em ordem alfabética para facilitar

Para num belo dicionário foliar.

 

Eis que unidas essas palavras

Criam as linhas compostas

Por verbo, artigo e pronome

Harmonizando tudo em frases.

 

Estas frases se agregam a outras

Unindo linhas de expressivas falas

Que ordenadas assim se transformam

Em prosa, verso, texto ou crônica.

 

Ainda em sua linda expressão

Podem, todavia, virar melodia

Basta uma bela inspiração

E ondas harmônicas as dividir.

 

Nessa união de opções, nasce

Um livro, virtual ou físico

Eterniza-se uma porção de ideias

Que transportam mentes diversas.

 

Quando este livro tem capa, enfeita

As prateleiras o ganham e o exibem

Até que outra alma se sinta atraída

Deixando sua  emoção trocar.


Um livro de importante existência 

Numa biblioteca ganha autoridade

Pousa soberbo a toda consulta

Se tornando então, virtuoso livro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O QUASE

 


por Adriana Teixeira Simoni

O algo que não chega 

Se chega , é sem entrega  

incompleto não agrega.


Lembrado no arrependimento

E  também na culpa do adiamento 

De não completar conhecimento.


Tem parentesco com procrastinação

Ruim de rima;  fatal e pura inação 

Um conflito com a determinação.


Sempre bom se livrar do mal 

Do acontecer de algo fatal 

Que finda  de forma casual 


Livramento traz paz no peito 

Quase vira benção de efeito 

Transpira sorte com respeito.


Deus de fato responsável

Mas, o Anjo da guarda amável

Sempre as portas do evitável.


















domingo, 3 de janeiro de 2021

ME PERDOE



por Adriana Teixeira Simoni

Me perdoe

Não sou normal

Não desejo isso

Nem sei como é ser isso

Talvez digam a mim

Pare ou então siga

Ou não dirão nada

Quem sabe eu assusto

Não sou comum

Nem medo algum

Sou diferente, impaciente

O desafio me conduz

E o teu insano silêncio

É o principal deles.