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sábado, 10 de outubro de 2020

O QUIZ DA ARTE

por Adriana Teixeira Simoni

Se dou sentido a tristeza
Tudo perfumo com beleza
Disfarço o que não entendem
Pois ,não me compreendem
Mostro caminhos nas curvas da alegria
Ao deixar a pena livre bagunçar a teoria
Pois, na vida não há um só caminho
Por vezes nem trilha, nem certinho .
Dos erros se constrói uma certeza
Pra da próxima realizar com leveza.
Ao abrir o caminho novo na foice
Vou debochando da velha mesmice.
Todo detalhe é sempre algo sublime
Ao me provar que nada nos oprime
Quando se tem uma alma criativa
E que livre vive por uma vida altiva
Mostrando por toda parte
Que saber viver é uma arte.
Adriana Teixeira Simoni 10/10/2020

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

NO CALOR DA VENTANIA

por Adriana Teixeira Simoni

Um calor muito grande atrai paixão
Algo que envolve e dói um coração
Quando vai bem é divina a emoção
Porém, se há dor é triste a obsessão.
Aquela ventania vem sempre depois
Tudo voa nada fica como se dispôs
O vento parece querer dizer algo
Despretensioso, mas nada fidalgo.
Depois da ventania vem a tempestade
Por vezes destruição e rara felicidade
Mas, o tempo alcança nova sanidade.
Queria poder voar em sua leveza
E nada ouvir do que tem a me dizer
Parece óbvio, a fuga da tristeza .
Adriana Teixeira Simoni 08/10/2020

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

NO TEMPO UMA DOR

por Adriana Teixeira Simoni

A fluidez do tempo extingue a esperança
Quando esqueço lá no escuro a criança
Porém na sua inocência , se põe a sorrir
Não vê a maldade nem tenta se cobrir
Segue a brincadeira sem medir a dor
Que ora o tempo lhe será manipulador.
Naquele tempo guardava o respeito
Mal sabia da cobrança do nada feito
Hoje o tempo judia como um agiota
Quer tudo na hora sem parcelar quota
A memória tenta distrair o insistente
Mas, a dívida se segue persistente.
Como pode o tempo agir assim
Escalpelar a memória até o fim
Permite dias de folga a sorrir
Pra outra vez a tristeza permitir
Quisera que o tempo se fosse
Deixava assim a vida tomar posse.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

FALANDO DE FLORES

por Adriana Teixeira Simoni

Flores encantam qualquer espaço
Num jardim se espalham sem laço
Já na varanda ao vento, tremulam
Se perfumadas, a essência exalam.
Na guerra flores acalmam ânimos.
No amor acolhe a quem amamos.
Na vida cultiva os novos namoros.
Na morte despedida com choros.
Uma flor colhida despretensiosamente
Ilustra seu querer de leveza premente.
Enfeitando a casa, carinho consigo
Num ramalhete agradar um amigo
Flores encantam a vida na dor e alegria
Se deixam contemplar sem a idolatria
Querem sempre a paz para o coração
Já no amor meio de reconciliação.
Seja flor , admirado sem hipocrisia
Exale seu perfume com cortesia.
Permita o toque com a mesma leveza
E assim ,ser admirado na sua beleza.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

SAUDADE OU MALDADE

por Adriana Teixeira Simoni

Toda saudade tem algo a saudar
Que ficou distante ou num instante
As vezes dói, as vezes vem abraçar.
É certo, distrai meu ser pensante.
Que saudade carrego
Que toda vez me entrego
Pra viajar num apego
De dor , lamento ou aconchego.
E assim, viver de novo a sentir
O que no peito me aperta ao vir.
Que maldade é essa ?
Que saudade é essa?
Aduba a minha evolução
O que vem na lembrança
Mesmo ao doer no coração
Tudo isso é uma graça
Igual a chuva na seca, é
Ou um milagre na cura, é.
Deus, o grande sol ilumina
Uma lembrança sem rima
Trazendo na saudade
Mesmo que soe maldade
Minha vida bem marcada
Com uma Cicatriz na memória
Ou uma Tatuagem na alma.
Adriana Teixeira Simoni 06/10/2020

domingo, 4 de outubro de 2020

O ENCONTRO NO DESENCONTRO

por Adriana Teixeira Simoni 

A fé deve estar abalada
Pois, se perdeu na caminhada
Numa bela noite enluarada
Não entendia o tom da toada.
Se deixou a ficar vulnerável
Pra que a leveza de um papel
Absorvesse todo peso do fel
Daquela bela alma em forfel.
Pra se aprumar firme e forte
E seguir alinhada ao norte
Buscar o sonho de morte
Ao escrever em vida a sorte.
A biografia construída na alegria
Na contraditória vida de euforia
Mal sabia da verdadeira agonia
Que sofria no tempo que sorria.
Na verdade morte se faz em vida
Para que o suspiro da última divida
Seja de alívio de ter sido removida
Do último trauma que foi envolvida.
ADRIANA TEIXEIRA SIMONI 04/10/2020
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UM DIA FOI LINDO

por Adriana Teixeira Simoni

Que culpa o questionário tinha
Se a má sensação já vinha
A dureza de uma pessoa
É fato quando ela usa atoa
O carinho que a gente doa
Justamente naquela questão
Que mais atinge o coração
Por isso eu te digo
Não guardo comigo
Se te gosto é porque gosto
Afinidade é um composto
Se não for vai e vem
Acaba tudo que tem
Que pena ,tinha muito fruto verde
Mas, o aqui se faz aqui se perde
E com a família tudo embolou
Que bom que até música rolou
Assim toda essa bossa
Acaba aí, sendo nossa
Recordar é sempre um novo viver
Assim como abandonar é esquecer.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

UM ESPAÇO

POEMA SELECIONADO NO CONCURSO LITERÁRIO




Um espaço

Adriana Teixeira Simoni

Aquele de um quarto vazio
Que eu mesmo esvazio
Deposito tudo em móveis
E tenho liberdades viáveis.


Local ou dimensão onde me coloco
Viagem pra onde eu me desloco
No incurso das minhas ideias
Ora perfeitas ,ora totalmente alheias


A zona de conforto habitual
Onde supre carência espiritual
Dimensão do presente passado
Universo onde tudo é lembrado.


Espaço ou vazio entre dois pontos
Aquele vão entre duas tristezas
Escuridão ou sol de confrontos.
Tempo onde administro incertezas.







HEI AMIGO!

Amigo próximo, amigo vago, amigo virtual.

Amizade floresce, escurece, resplandece adormece.

Amigo próximo entende, te atende, as vezes vidente sabe o que se pretende.

Amizade corre ao lado da cumplicidade, não para esconder verdade

Mas, para dividir felicidade e aliviar alguma maldade.

Amigo vago, as vezes lembra as vezes não, é doce quando te  vê

Mas algo esconde, talvez a falta de um amigo ter.

Amizade nada tem a ver com propriedade.

Se divide entre Marias e Pedros, ou Antônios e Clarices.

Amigo virtual é  aquele  que curte, aplaude e compartilha.

Sabe que na verdade ter um amigo em rede é supor que...

Seja  para compartilhar tua existência e tuas saliências

Mas, o certo que tudo que te alegra a ele vai envolver 

Se alguma mágoa  por discordar da tua ideia existir

Mande  logo o smille mais animado que tiver 

Amizade não fortalece   só  com   rede virtual,

Mas, na falta de tempo a distância encurta, a alegria se junta

E se a gente  pode, sem tocar fazer carinho,

Não vamos  jamais deixar nosso coração refrigerar  nesse  caminho.


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

DEVANEIO FILOSOFICO

 Um rio de amor e beleza

Igual ao rio, corre desviando das pedras como uma baliza brincalhona. A Água flui transparente, flexível, as vezes parece frágil, mas ora densa ora leve e borbulhante se posiciona impulsiva e corajosa frente aos obstáculos. Aprisionado por uma tensão, o rio se prende entre rochas mais duras, o medo cresce, debate-se entre as paredes e percebe apenas uma saída, entre outras...
Se perde e mesmo na incerteza do caminho busca ajuda, sabe que todo rio precisa fluir, tem um destino, uma razão, uma plenitude de vida para si e para nutrir outros. Como um alivio, como naquele sorriso na dor, o rio segue o curso confuso por várias corredeiras perdendo parte de seu volume.
O rio corre, bate , turbilhona , se encontra, se parte novamente , mas decide ficar unido a sua essência e mesmo resistindo, se permite e lá de seu interior como o metal na terra que ao ser tocado pelo fogo se deixa moldar , o rio vê a necessidade de forjar com fogo as incertezas dos caminhos e dar então grandeza as suas ideias e valores na construção do seu mar ideal de encontro.
O rio escolhe como partida, o dia de Sexta-feira, poderia ter sido a segunda-feira, mas não, escolheu a sexta-feira, o que simbólica e inconscientemente demonstra o quanto esse rio deseja em seu percurso externar beleza e amor através do idioma da arte, distribuindo o belo com amor a si e a seus afluentes. Por coincidência Sexta-feira é dia de Vênus e Freya ambas Deusa do Amor e da Beleza na mitologia Romana e Nórdica; Nos ideogramas chineses sexta-feira é dia do metal que tem em sua característica se moldar com o fogo.
A filosofia traduz a busca num caminho permeado de perfumes seculares que resignificam claramente o presente; não atoa um rio nasce e segue seu curso e para encontrar sem medos seu objetivo maior , deixa pelo caminho a beleza do que é capaz de transformar com o amor que trocou pelas corredeiras de sua vida . O rio ora se acalma ora turbilhona, mas já encontra muito mais caminhos. Mesmo um rio, para uma vida plena, necessita de amor e beleza em seu curso.
Adriana Teixeira Simoni 18/09/2020
“Me pergunta porque compro arroz e flores? Compro arroz para viver e flores para ter pelo que viver” - Confúcio