por Adriana Teixeira Simoni
A fé deve estar abalada
Pois, se perdeu na caminhada
Numa bela noite enluarada
Não entendia o tom da toada.
Se deixou a ficar vulnerável
Pra que a leveza de um papel
Absorvesse todo peso do fel
Daquela bela alma em forfel.
Pra se aprumar firme e forte
E seguir alinhada ao norte
Buscar o sonho de morte
Ao escrever em vida a sorte.
A biografia construída na alegria
Na contraditória vida de euforia
Mal sabia da verdadeira agonia
Que sofria no tempo que sorria.
Na verdade morte se faz em vida
Para que o suspiro da última divida
Seja de alívio de ter sido removida
Do último trauma que foi envolvida.
ADRIANA TEIXEIRA SIMONI 04/10/2020
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