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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

QUANDO EU ENVELHECER

por Adriana Teixeira Simoni

Quando eu envelhecer vão dizer:

O tempo não passou pra você

Você nem tem cabelos brancos

Você conservou bem o corpo.


Quando eu envelhecer talvez digam:

Que leveza de espírito você tem

Você parece sempre estar feliz

Sua alegria não envelheceu.


Quando eu envelhecer vão enxergar:

O tempo passado e os cabelos brancos

O Corpo enfraquecido e inflexível

Que a alegria era tudo que tinha .


Quando eu envelhecer não me importará

O que dizem sobre meu corpo ou cabelo.

Ou da aspereza de lidar da minha pessoa

Quando a alegria descansa na realidade.


Quando eu envelhecer declaro cegueira

De toda critica que pensar fazer

Naquilo que pensar ser pessoal e não é

E do olhar invejoso que insiste em me olhar.


Quando eu envelhecer

Nem vou saber

Afinal declarei cegueira

E não vou nem ver ...

Eu mesma envelhecer


Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021

O ANO 2020 NÃO PEDIU LICENÇA

 


por Adriana Teixeira Simoni

E assim o ano  cruzou pelo mundo 
Nenhuma multidão presenciou 
Tudo foi barrado ou contido 
Todo povo preocupado silenciou.

No Brasil passou e muitos  levou
No despreparo mostrou desespero
Uma confusão oficial se espalhou
Nesse Intuito maldoso o ano virou.

O mundo fala pela imprensa
O que foi, o que  é um ano dificil
No Brasil oficial , reduzem com pressa
Definindo a causa como  imbecil.

Momento ímpar para um país multiplo
Na intenção de afastar das ruas o povo
Crescidos e vacinados pra dar exemplo
O oficial  desuhumano  vacila de novo.

O ano  levou vidas e trouxe a vergonha
Nas infames manifestações do oficial
Que se esforça na demonstração bisonha
Pela direita e esquerda de ser antissocial.

Não pede licença chega e se vai 
2020 veio  trazendo um vírus mortal
2021 luta no mundo para nos louvai
A benção de levar tudo que nos é fatal.

Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Todo ano é assim


por Adriana Teixeira Simoni

A chegada do último dia do ano
Está sempre no calendário
Apesar de ser um dia cotidiano
Tem um mistério legendário em si.


Desde a manhã motiva a noite
Preparativos para garantir festa
Pra comemorar tudo com deleite
O esperando amanhã diferente.


Ilusão, desejo e sorte
São os mais cobiçados
Dos pedidos da noite
No abraço apertado .


Entre amigos e familiares
A festa começa regressiva
Na contagem dos segundos
Pra chegada tão esperada.


Segundos alucinados para nada
Minutos, dias ,semanas ,meses
Iguais virão sem nada espetacular
Tudo já bem definido pra cada destino.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

LÁ VEM O TREM


 

 VEM O TREM

Adriana Teixeira Simoni

Ele é sempre esperado na plataforma

Onde há um clima favorável para o novo

Seja desbravando o novo caminho da reforma

Ou indo de vez do lugar deixando algum estorvo.

 

O trem segue firme o caminho em linha reta

Nas curvas permite ver a máquina de comando

Na vida tudo é pra frente com ou sem ter uma meta.

Nas curvas da vida vai-se todo o tempo transformando.

 

Na estação até que o apito venha

Tem o tempo pra pensar na despedida

Que pode ser de saudade ou de desdenha

Pela partida resolvida ou da alegria iludida.

 

Lá vem o trem, o sino avisa, o relógio aponta

A pontualidade assusta pela pressa que excita

Corações se agitam, abraços se cruzam por conta

Da consumada despedida que ora aflita.

 

Como na vida os trens vão e vem tempo todo

Na vida tudo passa, mas algo sempre fica.

Na plataforma queda o sentimento incômodo

Das vidas que embarcam e o movimento se pacifica.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

E LÁ SE VAI 2020...


por Adriana Teixeira Simoni

Dizer que vou sentir saudade desse ano é um tanto masoquista quando logo vem a ideia, o fato que foi um ano horroroso, com uma pandemia que derrubou vidas e existências. de noticia ruim, tristeza, medo, insegurança e ansiedade.
Porém, de novo , o aprendizado chega ao texto nada pontual, diria que como o protagonista dessa temporada das máscaras.
É, todos aprendemos uma série de novas ferramentas, ótimo, mas fora esse instrumental de sobrevivência para manter a existência seja ela, profissional , familiar ou relacional , o quê mais aprendemos com esse distanciamento forçado?
Dividindo em 3 eixos eu diria:
Eixo 1 - O Profissional : Quem não se deixou abalar com as novas regras criou e inventou maneiras de se manter no mercado de trabalho vivo ou se adaptou as plataformas , tendo de dar se jeito de conciliar o Home office com suas responsabilidades de casa sem interferências de cá ou de lá. 
Eixo 2 - Família: Aprender a conviver com a família em casa 24 horas por dia, sem as distrações dos eventos, viagens e a falta de tempo sem desculpas.
Eixo 3 - Relacionamentos: Aqui muita gente ficou mais abalada que os outros pontos creio. Apesar de usarmos muito o apelo virtual cotidianamente sem pandemia, o distanciamento obrigatório impôs afastamentos de verdade. nada se compara a um conversa a vontade, sem máscaras, tocando na outra pessoa (não muito, algumas pessoas se irritam). Gargalhar sem medo de soltar gotículas ameaçadoras , visitar sem avisar(só pra os muito íntimos) levar um doce, um bolo, uma colheita( eu) . Convidar para um café , jantar, churrasco, ou sair para conversar em algum espaço, show. Enfim trocar energia . Penso que essa energia de troca está reprimida, assim como a ansiedade está turbinada. E, isso , pode desencadear desentendimentos, palavras ditas com um pouco mais de peso, que acabam tornando-se embates de pontos de vista (a primeira vista) com alguma reação dura motivada pelo aprisionamento de sentimentos e sensações ocasionados pelo distanciamento dessa vida que se tornou muito virtual ... sem resposta ou questionamentos muitas vezes, característica da virtualidade bem fácil de lidar , dou "enter" e pronto...
Cabe bem um novo aprendizado aqui, dar tempo para administrar o ocorrido , ser mais empático, pois o momento é ruim para todos de diferentes formas. Cada um foi atingido de uma maneira e nem sempre igual a nossa. Então, aprender a lidar com o outro foi uma necessidade , pois se há afeto, simpatia, boa querência, logo, precisa ser compreendido e assim administrar com mais tempo o que se ouviu , a atitude tomada , o que sentiu naquela explosão . E assim, realocar esse sentimento dentro do peito colocando-o no seu devido lugar. 
Culpar a pandemia é primordial, depois pensar com o coração, balançar a cabeça em negativa e desabafar algo assim : " foi sem pensar, desculpa acho que estou estressado" 
O ano não foi horroroso, não sejamos nós horrorosos uns com os outros. O ano de 2021 vem ai e queremos todos lá para abraçar de novo . E por em prática cotidianamente os aprendizados deixados por 2020.
Feliz Ano novo ! Pense positivo, aja com plenitude desconsidere o que não agrega e vamos construindo mais algumas paginas da nossa historia juntos nesse 2021 que vem chegando...
Obrigada pela sua companhia virtual aqui pelas redes sociais , você ajudou muito a deixar tudo mais leve e divertido.


domingo, 27 de dezembro de 2020

NÃO ERA NADA


por Adriana Teixeira Simoni


Realmente afinidade não tem explicação!

Ela pode até ter uma única mão...

Durar pequena temporada

Mas , logo aflora a tal realidade...

Não há afinidade muito menos amizade.

Não há lamentos só agradecimentos...

Logo permite perceber sentimentos

Que nada demonstram nem preenchem

No afeto que falta, em certos momentos

Cada interação mostra muito mais além

Do que a tal imaginação

Desejava tanto ver...

sábado, 26 de dezembro de 2020

A vida em jogo e cena



por Adriana Teixeira Simoni

Mentiram pra você sobre a vida
Disseram que era sorte e dom
Nada disseram sobre divina.


Mentiram pra você sobre a sorte
Disseram que era aposta e jogo
Omitiram sobre as fichas perdidas.


Mentiram pra você sobre o dom
Só o da vida é sim puro e divino
Outros dons vem de lágrima e suor.


A vida é o resumo da obra perfeita.
Entre a sorte de compreendê-la
E o dom de desfrutar tudo dela.


Se bem vivida , vira um romance.
Quando distorcida, vence o drama.
Se divertida, gargalhas na comédia.


Compreendi que a vida é um roteiro
Que aceita adaptações das mais variadas
Mas, nenhuma cena pode ser dublada .


As cenas picantes refletem no corpo.
As tristes reprisam dentro do peito.
As divertidas erguem o entusiasmo.


Na verdade tem sim jogo e fichas
Não deixe de arriscar perde-las
Não perca fichas alheias só as suas.


A cena final lembra toda história e emociona
Traz saudade e sempre vem a nossa memória
Naquela cena que contou melhor a nossa história .

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Fama Desastrosa


por Adriana Teixeira Simoni

Ser famoso é algo tão diferente

Geralmente é sempre indiferente

Cresce com muitos  e muitos fãs

E todos se tornam apenas  órfãs.


Ser famoso não tem  muita graça

É tanta gente atrás,  tudo de graça

Não é comemorado um,  nem milhão

Parece estranho , mas é igual inflação.


Quanto mais fãs,  mais distante fica

Cresce distância e pouco caso justifica

Ser famoso é realmente esplendoroso

Pena  o comportamento horroroso.


Antes de ser famoso toda  dedicação

Chega no topo não dá mais atenção

Não pára mais pra mostrar  gratidão

A quem fez seu sucesso com devoção.

A VIDA NÃO TEM SEGREDO


por Adriana Teixeira Simoni
O segredo da vida não é segredo...
Sempre cultive as habilidades
De criar amizades e afinidades
Se possível abrace com muito afeto
Quando der esboce todo sentimento.

O segredo da vida é ter paz...
É entender que você pode ser feliz
Comemorar ser eterno aprendiz
Ignorar a maldade que existe
E aquecer a frieza que persiste. 

O segredo da vida é o amor...
Sempre floresce em qualquer vaso
Não se esfria por qualquer acaso
Bem vindo mesmo em pequenas porções
Pois, dá-se sem hesitar a todos corações.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

AS RABANADAS BEM VINDAS


por Adriana Teixeira Simoni

Das rabanadas doces

Me lambuzo no açúcar

Nas rabanadas da vida 

Me destroço em bem ou ruína.


Faço muitas, sem nem perceber

Recebo sem saber de onde vem

Conflito certo entre: o ser doce

E o desejo de mostrar firmeza.


Nenhuma chega sem uma razão

Porém , se vai com alguma dor

A culpa maltrata dois lados

O perdão ajuda apenas um.


Ignorar ,é a rabanada do amor

Evita a mágoa ao não se ver mais

Afasta o amargor da dor voltar

Equilibra, dá carinho ao coração.


Dar uma rabanada ao passado

Pra garantir o atual presente

Desfrutar do novo caminho

Aberto na rabanada bem vinda.