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sábado, 9 de janeiro de 2021

Na correnteza da vida

                             Por Adriana Teixeira Simoni


Como um seixo rolando  rio abaixo

Segue impetuosa vontade oculta

De algum lugar chegar sem definir

Nem onde nem porque apenas chegar.


Cada curva, cada enrosco uma novidade

Que assusta e ao mesmo tempo cresce

Na curiosidade de saber onde vai dar

Esse caminho que corre sem objetivo.


Estranho não se declara decidido

Mas, parece rolar em desatino

Pra algum lugar bem sabido

Porém, onde só a leveza sabe .


Se distrai brincando na correnteza

Ora rápido onde tudo acontece 

Ora só a  espera aborrece 

Mas, no fundo guarda a certeza.


Vida boa e oportuna é assim

Rola rio abaixo sem  destino

Porém, no caminho se descobre

Ao reconhecer seu, aquele caminho.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A VIDA DE PASSAGEM


Por Adriana Teixeira Simoni


Incrível são as passagens

Nos levam onde queremos

Seja na vida ou num trem

Nas duas janelas tudo passa.


Vidas passam em nossa janela

Algumas prendem os olhos

Outras o coração

E algumas nos levam a reflexão.


Pessoas que inspiram 

São as que jamais passam

Estão sempre presentes

Nas  palavras ou gestos.


Pessoas ensinam a passar

Ou a ficar mais tempo

Aprendendo com a vida

Na passagem que ela mostrou.


Quero uma passagem 

Que me leve lá longe

Junto da grande janela

Na vida que se abriu pra mim

VIDA SEM CANTOS


Virei a página. 

Dei  um ponto final 

Nessas coisas  e tal

Que me fizeram ou ainda

Me fazem tão  mal

Se a vida é um círculo  

E não um quadrado

Tenho pressa de ser feliz

Pois,   eu nem sei  

Quanto tempo ainda resta

Já que não tenho cantos

Quero viver no centro

Onde encontro  meu sorriso

Onde vive a colorida  alegria 

Que as pessoas resolvidas tem.


Adriana Teixeira Simoni 08/01/2016

Solidão nem bem nem mal


Logo a solidão se instala
Logo sozinha ela se rebela
Para alguns é privilégio
Para outros desespero

Que estranha pode ser a solidão
Para alguns acalma toda aflição
Que o incômodo traz com a presença
Para outros alivia o peso quando ausente.

Quem pode entender
Que um mal faz a uma pessoa
A outra pode um bem satisfazer
Nem tudo é bom nem tudo é mal.

Adriana Teixeira Simoni

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

A viagem das letras



Por Adriana Teixeira Simoni

Elas surgem em vários vocábulos

Ou palavras reunidas em punhados

Em ordem alfabética para facilitar

Para num belo dicionário foliar.

 

Eis que unidas essas palavras

Criam as linhas compostas

Por verbo, artigo e pronome

Harmonizando tudo em frases.

 

Estas frases se agregam a outras

Unindo linhas de expressivas falas

Que ordenadas assim se transformam

Em prosa, verso, texto ou crônica.

 

Ainda em sua linda expressão

Podem, todavia, virar melodia

Basta uma bela inspiração

E ondas harmônicas as dividir.

 

Nessa união de opções, nasce

Um livro, virtual ou físico

Eterniza-se uma porção de ideias

Que transportam mentes diversas.

 

Quando este livro tem capa, enfeita

As prateleiras o ganham e o exibem

Até que outra alma se sinta atraída

Deixando sua  emoção trocar.


Um livro de importante existência 

Numa biblioteca ganha autoridade

Pousa soberbo a toda consulta

Se tornando então, virtuoso livro.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O QUASE

 


por Adriana Teixeira Simoni

O algo que não chega 

Se chega , é sem entrega  

incompleto não agrega.


Lembrado no arrependimento

E  também na culpa do adiamento 

De não completar conhecimento.


Tem parentesco com procrastinação

Ruim de rima;  fatal e pura inação 

Um conflito com a determinação.


Sempre bom se livrar do mal 

Do acontecer de algo fatal 

Que finda  de forma casual 


Livramento traz paz no peito 

Quase vira benção de efeito 

Transpira sorte com respeito.


Deus de fato responsável

Mas, o Anjo da guarda amável

Sempre as portas do evitável.


















domingo, 3 de janeiro de 2021

ME PERDOE



por Adriana Teixeira Simoni

Me perdoe

Não sou normal

Não desejo isso

Nem sei como é ser isso

Talvez digam a mim

Pare ou então siga

Ou não dirão nada

Quem sabe eu assusto

Não sou comum

Nem medo algum

Sou diferente, impaciente

O desafio me conduz

E o teu insano silêncio

É o principal deles.

sábado, 2 de janeiro de 2021

NEM AO SOL PERDOA





por Adriana Teixeira Simoni

Um dia eu duvidei

Mas, me fizeram acreditar

E em mim acreditando

Assim pude crescer

Apesar de frágil fui forte .

Sabe o girassol ?

Altivo porém frágil

Tem uma realeza em si

Todavia , quem diria

Não suporta sua beleza

Gira num caule singelo

Ou é tímido demais

Se mostra ao sol

Mas, só por um tempo

Logo abaixa o olhar ao solo.

Nisso sou diferente

Impetuosamente olho o sol

Pra garantir poder igual.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

QUANDO EU ENVELHECER

por Adriana Teixeira Simoni

Quando eu envelhecer vão dizer:

O tempo não passou pra você

Você nem tem cabelos brancos

Você conservou bem o corpo.


Quando eu envelhecer talvez digam:

Que leveza de espírito você tem

Você parece sempre estar feliz

Sua alegria não envelheceu.


Quando eu envelhecer vão enxergar:

O tempo passado e os cabelos brancos

O Corpo enfraquecido e inflexível

Que a alegria era tudo que tinha .


Quando eu envelhecer não me importará

O que dizem sobre meu corpo ou cabelo.

Ou da aspereza de lidar da minha pessoa

Quando a alegria descansa na realidade.


Quando eu envelhecer declaro cegueira

De toda critica que pensar fazer

Naquilo que pensar ser pessoal e não é

E do olhar invejoso que insiste em me olhar.


Quando eu envelhecer

Nem vou saber

Afinal declarei cegueira

E não vou nem ver ...

Eu mesma envelhecer


Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021

O ANO 2020 NÃO PEDIU LICENÇA

 


por Adriana Teixeira Simoni

E assim o ano  cruzou pelo mundo 
Nenhuma multidão presenciou 
Tudo foi barrado ou contido 
Todo povo preocupado silenciou.

No Brasil passou e muitos  levou
No despreparo mostrou desespero
Uma confusão oficial se espalhou
Nesse Intuito maldoso o ano virou.

O mundo fala pela imprensa
O que foi, o que  é um ano dificil
No Brasil oficial , reduzem com pressa
Definindo a causa como  imbecil.

Momento ímpar para um país multiplo
Na intenção de afastar das ruas o povo
Crescidos e vacinados pra dar exemplo
O oficial  desuhumano  vacila de novo.

O ano  levou vidas e trouxe a vergonha
Nas infames manifestações do oficial
Que se esforça na demonstração bisonha
Pela direita e esquerda de ser antissocial.

Não pede licença chega e se vai 
2020 veio  trazendo um vírus mortal
2021 luta no mundo para nos louvai
A benção de levar tudo que nos é fatal.

Adriana Teixeira Simoni 01/01/2021