UMA LAGARTA
A lagarta ganha a vida e só cresce
Se alimenta de folhas desde que nasce
Guarda tudo ,avoluma , se abastece
Nem só a alimenta, algo a embrutece
Troca de folhas , troca de cor
Explora outros meios de amor
Solta em outros galhos o esplendor
Porém, ainda fala alto a reprimida dor
Desperta para algumas novidades
Se permite explorar outras habilidades
Descobre-se nas flexibilidades
Desfruta o retorno das vaidades
Se fecha no casulo , se protege
Não sabe se administra ou reage
Sobre o bem e mal da novidade ou vintage
Volta mostrar movimento e novo frege
A vida se mostra além da folha
Chorou para libertar a pimpolha
Das sombras que a prendiam na bolha
E enfim aceita se ver na melhor escolha
O casulo já não mais a segura
Explora oportunidades para sua fulgura
Deixa chegar tudo na fluidez que augura
Se enche ,se apodera de si e se afigura
Eis a borboleta