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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Canetadas ao léu





 CANETADAS AO LÉU

 

As figuras que desenho

Quando distraída ao telefone

Ou atoa a espera de ideias

São sempre desalinhadas.

 

Me pergunto o que essa caneta deseja

Ao esboçar figuras sem sentido

Nesses movimentos autônomos

Que seguem rumos aleatórios num papel.

 

Às vezes me pego a fazer casas.

Outras apenas quadrados

Que interagem entre eles

Seria a busca por algo?

 

Entre rabiscos vejo muitos espirais

A mim denotam infinito

Quem dera falasse sobre a vida

Então teria certezas mais concretas.

 

Às vezes desenho redondos

Grandes, pequenos e médios

Acho que representam os amigos

Amizade se encontram em círculos.

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